terça-feira, outubro 24, 2006

Acapulco (com fotos)

Finalmente consegui colocar algumas fotos...

Comecemos com o nosso hotel:
Mesmo em frente à praia , com uma boa piscina e uma vista...


Vista da baía à noite, no restaurante Madeiras (no site www.madeiras.com.mx conseguem ter uma ideia melhor da vista)

No Domingo fizemos uma excursão de barco que englobava ver os famosos saltos duma encosta de Acapulco (e não "da encosta", ninguém nos avisou que não eram os verdadeiros...)
Podem ver um homem em pé na rocha média e outro sentado na rocha maior
E um almoço buffet no Palao, pareceu-nos algo que já foi conhecido no passado, mas agora estava um bocado "podre"... a comida também deixou muito a desejar, mas pelo preço que pagámos não estavamos à espera de outra coisa...
Pelo caminho vimos, não o famoso Barco do Amor, mas algo muito parecido...

Ainda deu para dar um saltinho no zócalo (centro) cá do sítio.


O pôr de sol de Sábado foi fantástico:


Mais uma vez, esgotei o limite de fotos (e a minha paciência para tentar colocar mais).
Espero que tenham ficado com uma ideia geral de Acapulco. Não é uma cidade muito bonita, está cheia de hoteis altos ao longo de toda a baía, e o mar também deixou muito a desejar, a corrente era muito forte, mas como nós já não víamos o mar há algum tempo e já não sentiamos calor há outro tanto... soube mesmo bem!

segunda-feira, outubro 16, 2006

Acapulco

Porque é que ninguém tentou adivinhar? :(
Aqui está a solução:
No fim de semana passado fomos a Acapulco. Estávamos todos receosos pelo mau tempo anunciado nos sites de metereologia (pronto, todos não, o Gera sabia que ía estar Sol), mas, acabamos o nosso trabalho o mais rapidamente possível, e fomos directamente para a estação de autocarros (com troca de roupa na embaixada e tudo).
Eramos 5 e só havia 4 bilhetes para o autocarro das 17h. Seja o das 17h30!
Como já referi no post do Yearbook, os autocarros no México funcionam bem e são muito confortáveis. Este não foi excepção. Estrella Blanca, autocarros de luxo com direito a bebida e pacotinho de amendoins, sistema de apoio para as pernas e filme agradável ("O transportador 2").
5h depois chegávamos a Acapulco.
Um calor insuportável apoderou-se de nós, apesar de ser quase meia noite.
Dos muitos taxistas, aceitamos ir com um que nos levou a uma central de reserva de hotéis.
Como o turismo de Acapulco tem diminuído bastante (por causa de uma onda de violência, que agora está mais calma), a Secretaria de Turismo tem acordos com alguns hotéis para oferecerem preços mais reduzidos. Mesmo os taxistas cobraram-nos muito pouco, porque o hotel encarrega-se de pagar o restante. Sendo assim, decidimos ficar num hotel em frente à praia, o Calinda Beach, a um bom preço.
Malas pousadas, banhos tomados, era 1h da manhã quando fomos jantar. O local: Carlos 'n Charlies
Não consigo fazer o download de mais fotos :(
Iniciarei um outro post...

sexta-feira, outubro 13, 2006

Quem adivinha?

Guess where have I been last weekend...



Creio que aparece uma imagem entre o bartender e a Vicki! :D E não dou mais ajudas...

segunda-feira, outubro 02, 2006

México - Setembro 2006

Aqui têm o meu contributo para o YearbookContacto:
1 Mercado

Um dos principais entraves ao aprofundamento das relações comerciais entre Portugal e México é o facto dos empresários portugueses ainda considerarem este país como um mercado de escoamento de produção. Ou seja, quando uma empresa portuguesa pensa numa internacionalização transatlântica, a sua mente considera, de forma imediata, o Brasil como destino das suas exportações. É certo que, por razões históricas, culturais e mesmo de oportunidades de negócio, o Brasil tem sido a chave de sucesso das mais diversas empresas. No entanto, ainda são poucos os empresários que sabem que a balança comercial do México é quase três vezes superior à do Brasil e que é maior que a soma das balanças comerciais de todos os países da América Latina.
A partir do momento em que este pensamento mude, Portugal tem imensas possibilidades de negócio no mercado mexicano. Apesar de, nestes últimos tempos, o peso mexicano ter oscilado bastante, devido principalmente às conflituosas eleições presidenciais em Julho deste ano, os investidores já estão mais confiantes, transmitindo estabilidade ao mercado.
Os sectores chave serão aqueles em que Portugal se diferencie pela elevada qualidade dos produtos. O México é um dos países mais assimétricos a nível de rendimento, a classe alta mexicana tem um poder de compra elevadíssimo e está disposta a comprar produtos caros mas com qualidade, a partir do momento em que está familiarizada com a marca/empresa. Isto é, tem que haver uma relação muito próxima entre a empresa portuguesa e o seu distribuidor local, e tem que haver um acompanhamento dos produtos, com visitas regulares ao mercado.
Dos sectores primordiais temos o dos têxteis-lar e do vestuário, para além de Portugal ter produtos de muito boa qualidade nestas áreas, os consumidores mexicanos já os reconhecem e gostam de possuir bons produtos, com design, ainda que sejam mais caros.
Outro ramo é o dos vinhos. Para além do vinho do Porto, mundialmente conhecido, deve apostar-se no vinho verde, produto unicamente português, e com muito boa aceitação aqui no mercado. Todos perguntam onde podem comprar… e aqui o único sítio onde o vendem é no único restaurante de comida portuguesa, a Casa Portuguesa, onde podemos encontrar o Gatão e o Lagosta.
O investimento das empresas de moldes aqui no México também tem vindo a aumentar, e deve continuar, uma vez que é um mercado em crescimento e que os produtos portugueses são muito competitivos.
Modelo a seguir, de exemplos mexicanos, é, por exemplo, o franchising de cadeias de sushi, que teve um sucesso incrível neste país. Uma vez que em Portugal a procura por restaurantes japoneses tem vindo a aumentar, havendo já um franchising, a Hakisushi, seria de considerar uma análise profunda da evolução deste mercado no México e tentar adaptá-lo a Portugal.
2 Aspectos Inter-Culturais

O México é um país riquíssimo em termos culturais, e pode satisfazer os gostos de qualquer um. É um país cheio de cores, cheiros e sabores.
Para aqueles que adoram arqueologia, não poderiam estar noutro lugar: desde a cultura Maya à Azteca, passando por muitas outras, menos conhecidas, mas igualmente fascinantes.

Para além das famosas pirâmides, o México é ainda internacionalmente conhecido pelas suas praias paradisíacas. É algo que, definitivamente, não se pode perder. Nunca vi um azul como o do Mar das Caraíbas, na Riviera Maya. É impressionante.

Os amantes do snorkeling também encontram aqui verdadeiros “aquários” com peixes de todas as cores, tamanho e feitios.

Ainda a nível de praia, há que dar um mergulho no Pacífico. Acapulco tem vindo a perder o seu encanto e tem tido vários problemas, especialmente com tráfico de drogas, por isso é cada vez menos aconselhado, apesar do Instituto de Turismo desse Estado estar a tentar mudar esta imagem, e até ter bastante afluência mexicana, especialmente na Páscoa, mês de Agosto e Natal. Na costa do Pacífico, o ideal é visitar as Baías de Huatulco: é ainda um território pouco explorado, mesmo pelos próprios mexicanos, podendo encontrar-se praias “virgens”, apenas com um mar verde transparente, palmeiras e restaurantes com tecto de palha. Lindo! Como não está tão explorado, os preços são muito aceitáveis.

Para quem gosta de deserto, ou de paisagens áridas, cheias de vales e montanhas pode ir visitar o norte do país e fazer o percurso de comboio de “Barrancas del Cobre”, que começa em Chihuahua.

A nível de transportes públicos, o México concorre com qualquer país desenvolvido. Apesar de os autocarros dentro da cidade serem bastante poluentes, a frequência com que passam é muito boa e são baratíssimos.

Os autocarros para viagens mais longas são muito confortáveis, quase sempre de luxo, e pode-se percorrer o país inteiro através deste meio de transporte (visitar www.ticketbus.com.mx). Um aspecto óptimo, para quem consegue dormir em autocarros, é o facto de terem muitas viagens nocturnas, para os mais diversos sítios.

Para quem prefere a comodidade de um avião, há duas ou três companhias “low cost” que voam para os principais lugares turísticos. Interjet, Volaris e Aviacsa são as mais conhecidas e mais acessíveis. Apesar de serem viagens económicas, os preços não se comparam aos das low cost europeias, em vez de 50€, paga-se no mínimo 200€ (ida e volta).

Na capital, a oferta em termos de cultura, artes e espectáculo é enorme, devendo confessar que não tenho aproveitado tanto quanto queria.
A uma hora da cidade temos as pirâmides aztecas de Teotihuacán.

No centro histórico podemos visitar a catedral, mesmo frente à maior praça da América Latina, o Palácio Nacional, com murais fantásticos de Diego Rivera, o Palácio de Belas Artes, todo ele feito em mármore e estilo arte nova, a Alameda Central e o Antigo colégio de Santo Ildefonso.



Há também alguns espaços com exposições ao ar livre de esculturas, no mínimo, diferentes.



A nível de museus, recomenda-se o de antropologia, para quem quer conhecer a história do México e da humanidade em geral. O único problema é que é gigantesco, tendo que repartir-se em duas ou três visitas, senão fica muito cansativo. Há muitos mais museus, mas aconselharia visitarem o museu estúdio de Diego Rivera e o museu de Frida Kahlo, para quem gosta destes dois artistas, claro.A oferta gastronómica mexicana é muito ampla, mas tem sempre como base três ingredientes: milho, chile (pimentos picantes) e feijões. A partir daí fazem-se todos os pratos típicos mexicanos: enchiladas, tortas, quesadillas, mole poblano, chiles en nogada, … um sem fim de sabores, picantes e gordurosos, mas super saborosos. Meninas em dieta: não venham para cá!

Mas como estamos na maior cidade do mundo, há restaurantes para todos os gostos. Há muitos de sushi, apenas um português, a Casa Portuguesa, que tem mesmo muito sucesso, vários de comida internacional, entre os quais recomendo Casa Lamm e Hacienda Los Morales, muitos de carnes (argentinas e não só), entre os quais Loma Linda e Angus. Há uma abundância incrível, não poderia mencionar todos... mas garanto que se come muito bem.

Quanto a espectáculos, temos Belas Artes para todo o tipo de óperas e com representações frequentes de ballet folclórico do México; o Auditório Nacional e o Palácio dos Desportos para os grandes concertos e espectáculos e pequenos teatros ou cafés para um concerto ou peças de teatro.

Para sair à noite, a oferta é da mais variada possível, desde música de cabaret à música tecno, passando por salsa e comercial. Um dos lugares mais in para começar a noite é o bar do Hotel Condesa DF, muito bem decorado e com boa música. Em Condesa, a oferta para jantar e beber uns copos é muito sortida e do melhor que esta cidade tem para oferecer. Como lugar para aprender a dançar salsa, recomendo o Mamba Rumba, para além de ter aulas três vezes por semana, é um bar muito animado. Há alguns irish pubs, muitos lounges e bares com estilo, design e música moderna.

Agora deixo algumas dicas para o convívio com mexicanos, que são um povo muito simpático, mas com características muito peculiares:


· Um mexicano nunca diz que não, não quer ser mal-educado. É necessário conhecê-los bem, para saber quando um “sim” é sim e quando um “sim” é não;


· Os mexicanos têm a terrível mania de convidar para jantar, sair num fim-de-semana, ir a um jogo de futebol, … mas no final nunca chegam a efectivar o convite. Não o fazem por mal, já é um mau hábito que têm;


· Levar sempre sapatos bem engraxados para uma entrevista/reunião. Os mexicanos cuidam muito a sua aparência, o que por vezes leva a um exagero de maquilhagem nas senhoras (pelo menos aos “nossos” olhos);


· A nível de comida, nunca confiar quando um mexicano diz que “pica un poquito”, mas se quiser mesmo aventurar-se, assegure-se que tem um copo de água ao lado no momento de provar. Se disser que “no pica nada”, pode ser que se aguente sem o copo de água, mas nunca espere nada não picante (apesar de haver, é muito raro);


· Pedindo a um mexicano que faça algo e ele responde “ahorita”, não se espera ter a tarefa pronta nos próximos 10 minutos, nem mesmo dentro de uma hora. Pode ser que até só entregue no dia seguinte, ou, na maioria das situações, tem que se pedir outra vez;


· Nunca tratar uma mulher solteira por senhora, mas sempre por senhorita. Senão elas ficam mesmo chateadas;


· Convidando uma mexicana para sair, os homens têm que pagar tudo, mesmo tudo. E abrir a porta do carro para que entrem.

3 Vida Pessoal


É engraçado como aqui toda a gente é muito amável, apesar das relações, no fundo, serem muito superficiais. Estranhei a primeira vez que um empresário mexicano me tratou por Anita, achei que não era muito profissional, para além do facto de só me conhecer há dois minutos, mas agora já sei que eles são mesmo assim, põe diminutivos em tudo o que dizem: “ahorita”, “provechito”, “preguntita”, … e, hoje em dia, até gosto.

Das vezes em que fui passear sozinha, os taxistas perguntavam sempre “e vem sozinha?” ou “e o marido ficou em DF?”. Eu respondo que sim e sigo a minha vida. Acham muito estranho que uma rapariga viaje sem companhia. Também perguntam logo de onde sou, geralmente não conhecem Portugal, muitos pensam que é uma cidade dos EUA, mas não o admitem. O que já os levou a perguntar “E quanto tempo demora a chegar ao México de carro?” Pacientemente explico-lhes que é ao lado de Espanha (este país sim, deveriam saber onde se situa) e alguns já ficam satisfeitos.

Por sorte, ou desafortunadamente, presenciei as eleições presidenciais mexicanas. Foi um período interessante, não só para conhecer os diferentes povos do país, e a forma como reagem, mas também para ver como é que o sistema funciona. Nunca umas eleições tinham sido tão concorridas, nem tão controladas.
O candidato que ganhou, Felipe Calderon, do PAN, apenas obteve uma margem de diferença de 0.5%, o que deu motivos para que o candidato que perdeu, Lopez Obrador, pedisse recontagem dos votos. Declarou que houve fraude, autoproclamou-se Presidente da República Mexicana e, quando ninguém lhe fez caso, decidiu fechar a principal avenida da capital, Paseo de la Reforma, até que recontassem os 82 milhões de votos. Montaram-se tendas, palcos e até mini campos de futebol ao longo da avenida, o trânsito, que já era complicado (tendo em conta que estamos na maior cidade do mundo), ficou um caos.

Relativamente às mulheres mexicanas, fiquei surpreendida a primeira vez que vi uma, num táxi ou autocarro, a maquilhar-se. O carro vai todo aos solavancos, mas elas lá conseguem por o rímel ou o eyeliner, sem qualquer problema. Giro, giro, é vê-las a enrolar as pestanas com uma colher ou reparar que algumas delas ainda têm o rolo de cabelo na franja (para estar perfeitamente enrolado quando chegarem ao local de trabalho...).