Acapulco (com fotos)
Finalmente consegui colocar algumas fotos...
Comecemos com o nosso hotel:

Mesmo em frente à praia , com uma boa piscina e uma vista...









Mais uma vez, esgotei o limite de fotos (e a minha paciência para tentar colocar mais).
Finalmente consegui colocar algumas fotos...
Para além das famosas pirâmides, o México é ainda internacionalmente conhecido pelas suas praias paradisíacas. É algo que, definitivamente, não se pode perder. Nunca vi um azul como o do Mar das Caraíbas, na Riviera Maya. É impressionante.
Os amantes do snorkeling também encontram aqui verdadeiros “aquários” com peixes de todas as cores, tamanho e feitios.
Ainda a nível de praia, há que dar um mergulho no Pacífico. Acapulco tem vindo a perder o seu encanto e tem tido vários problemas, especialmente com tráfico de drogas, por isso é cada vez menos aconselhado, apesar do Instituto de Turismo desse Estado estar a tentar mudar esta imagem, e até ter bastante afluência mexicana, especialmente na Páscoa, mês de Agosto e Natal. Na costa do Pacífico, o ideal é visitar as Baías de Huatulco: é ainda um território pouco explorado, mesmo pelos próprios mexicanos, podendo encontrar-se praias “virgens”, apenas com um mar verde transparente, palmeiras e restaurantes com tecto de palha. Lindo! Como não está tão explorado, os preços são muito aceitáveis.
Para quem gosta de deserto, ou de paisagens áridas, cheias de vales e montanhas pode ir visitar o norte do país e fazer o percurso de comboio de “Barrancas del Cobre”, que começa em Chihuahua.
A nível de transportes públicos, o México concorre com qualquer país desenvolvido. Apesar de os autocarros dentro da cidade serem bastante poluentes, a frequência com que passam é muito boa e são baratíssimos.
Os autocarros para viagens mais longas são muito confortáveis, quase sempre de luxo, e pode-se percorrer o país inteiro através deste meio de transporte (visitar www.ticketbus.com.mx). Um aspecto óptimo, para quem consegue dormir em autocarros, é o facto de terem muitas viagens nocturnas, para os mais diversos sítios.
Para quem prefere a comodidade de um avião, há duas ou três companhias “low cost” que voam para os principais lugares turísticos. Interjet, Volaris e Aviacsa são as mais conhecidas e mais acessíveis. Apesar de serem viagens económicas, os preços não se comparam aos das low cost europeias, em vez de 50€, paga-se no mínimo 200€ (ida e volta).
Na capital, a oferta em termos de cultura, artes e espectáculo é enorme, devendo confessar que não tenho aproveitado tanto quanto queria.
A uma hora da cidade temos as pirâmides aztecas de Teotihuacán.
No centro histórico podemos visitar a catedral, mesmo frente à maior praça da América Latina, o Palácio Nacional, com murais fantásticos de Diego Rivera, o Palácio de Belas Artes, todo ele feito em mármore e estilo arte nova, a Alameda Central e o Antigo colégio de Santo Ildefonso.
Há também alguns espaços com exposições ao ar livre de esculturas, no mínimo, diferentes.
A nível de museus, recomenda-se o de antropologia, para quem quer conhecer a história do México e da humanidade em geral. O único problema é que é gigantesco, tendo que repartir-se em duas ou três visitas, senão fica muito cansativo. Há muitos mais museus, mas aconselharia visitarem o museu estúdio de Diego Rivera e o museu de Frida Kahlo, para quem gosta destes dois artistas, claro.A oferta gastronómica mexicana é muito ampla, mas tem sempre como base três ingredientes: milho, chile (pimentos picantes) e feijões. A partir daí fazem-se todos os pratos típicos mexicanos: enchiladas, tortas, quesadillas, mole poblano, chiles en nogada, … um sem fim de sabores, picantes e gordurosos, mas super saborosos. Meninas em dieta: não venham para cá!
Mas como estamos na maior cidade do mundo, há restaurantes para todos os gostos. Há muitos de sushi, apenas um português, a Casa Portuguesa, que tem mesmo muito sucesso, vários de comida internacional, entre os quais recomendo Casa Lamm e Hacienda Los Morales, muitos de carnes (argentinas e não só), entre os quais Loma Linda e Angus. Há uma abundância incrível, não poderia mencionar todos... mas garanto que se come muito bem.
Quanto a espectáculos, temos Belas Artes para todo o tipo de óperas e com representações frequentes de ballet folclórico do México; o Auditório Nacional e o Palácio dos Desportos para os grandes concertos e espectáculos e pequenos teatros ou cafés para um concerto ou peças de teatro.
Para sair à noite, a oferta é da mais variada possível, desde música de cabaret à música tecno, passando por salsa e comercial. Um dos lugares mais in para começar a noite é o bar do Hotel Condesa DF, muito bem decorado e com boa música. Em Condesa, a oferta para jantar e beber uns copos é muito sortida e do melhor que esta cidade tem para oferecer. Como lugar para aprender a dançar salsa, recomendo o Mamba Rumba, para além de ter aulas três vezes por semana, é um bar muito animado. Há alguns irish pubs, muitos lounges e bares com estilo, design e música moderna.
Agora deixo algumas dicas para o convívio com mexicanos, que são um povo muito simpático, mas com características muito peculiares:
· Um mexicano nunca diz que não, não quer ser mal-educado. É necessário conhecê-los bem, para saber quando um “sim” é sim e quando um “sim” é não;
· Os mexicanos têm a terrível mania de convidar para jantar, sair num fim-de-semana, ir a um jogo de futebol, … mas no final nunca chegam a efectivar o convite. Não o fazem por mal, já é um mau hábito que têm;
· Levar sempre sapatos bem engraxados para uma entrevista/reunião. Os mexicanos cuidam muito a sua aparência, o que por vezes leva a um exagero de maquilhagem nas senhoras (pelo menos aos “nossos” olhos);
· A nível de comida, nunca confiar quando um mexicano diz que “pica un poquito”, mas se quiser mesmo aventurar-se, assegure-se que tem um copo de água ao lado no momento de provar. Se disser que “no pica nada”, pode ser que se aguente sem o copo de água, mas nunca espere nada não picante (apesar de haver, é muito raro);
· Pedindo a um mexicano que faça algo e ele responde “ahorita”, não se espera ter a tarefa pronta nos próximos 10 minutos, nem mesmo dentro de uma hora. Pode ser que até só entregue no dia seguinte, ou, na maioria das situações, tem que se pedir outra vez;
· Nunca tratar uma mulher solteira por senhora, mas sempre por senhorita. Senão elas ficam mesmo chateadas;
· Convidando uma mexicana para sair, os homens têm que pagar tudo, mesmo tudo. E abrir a porta do carro para que entrem.
3 Vida Pessoal
É engraçado como aqui toda a gente é muito amável, apesar das relações, no fundo, serem muito superficiais. Estranhei a primeira vez que um empresário mexicano me tratou por Anita, achei que não era muito profissional, para além do facto de só me conhecer há dois minutos, mas agora já sei que eles são mesmo assim, põe diminutivos em tudo o que dizem: “ahorita”, “provechito”, “preguntita”, … e, hoje em dia, até gosto.
Das vezes em que fui passear sozinha, os taxistas perguntavam sempre “e vem sozinha?” ou “e o marido ficou em DF?”. Eu respondo que sim e sigo a minha vida. Acham muito estranho que uma rapariga viaje sem companhia. Também perguntam logo de onde sou, geralmente não conhecem Portugal, muitos pensam que é uma cidade dos EUA, mas não o admitem. O que já os levou a perguntar “E quanto tempo demora a chegar ao México de carro?” Pacientemente explico-lhes que é ao lado de Espanha (este país sim, deveriam saber onde se situa) e alguns já ficam satisfeitos.
Por sorte, ou desafortunadamente, presenciei as eleições presidenciais mexicanas. Foi um período interessante, não só para conhecer os diferentes povos do país, e a forma como reagem, mas também para ver como é que o sistema funciona. Nunca umas eleições tinham sido tão concorridas, nem tão controladas.
O candidato que ganhou, Felipe Calderon, do PAN, apenas obteve uma margem de diferença de 0.5%, o que deu motivos para que o candidato que perdeu, Lopez Obrador, pedisse recontagem dos votos. Declarou que houve fraude, autoproclamou-se Presidente da República Mexicana e, quando ninguém lhe fez caso, decidiu fechar a principal avenida da capital, Paseo de la Reforma, até que recontassem os 82 milhões de votos. Montaram-se tendas, palcos e até mini campos de futebol ao longo da avenida, o trânsito, que já era complicado (tendo em conta que estamos na maior cidade do mundo), ficou um caos.
Relativamente às mulheres mexicanas, fiquei surpreendida a primeira vez que vi uma, num táxi ou autocarro, a maquilhar-se. O carro vai todo aos solavancos, mas elas lá conseguem por o rímel ou o eyeliner, sem qualquer problema. Giro, giro, é vê-las a enrolar as pestanas com uma colher ou reparar que algumas delas ainda têm o rolo de cabelo na franja (para estar perfeitamente enrolado quando chegarem ao local de trabalho...).